OPERAÇÃO BIG HERO, o Oscar de 2015

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Assisti à animação Operação Big Hero, lançada pela Disney ano passado, um dia antes de a obra ser consagrada com o Oscar de melhor animação. Embora eu acompanhe lançamentos e suas repercussões, confesso que sentei no sofá um tanto quanto desavisada. Eu não havia lido as tantas críticas que o comparavam a Frozen, por exemplo, pelo fato de a história destacar o amor entre dois irmãos (“de-no-vo”).

Ainda bem.

Pois esta comparação que – na maioria das vezes – vem com um tom do crítico/jornalista dizer “ahá, você não me engana, está pegando aquela fórmula que deu certo, eu percebi!!”, para mim, não tem razão. Até porque, ao contrário de toda a humanidade, não me encantei por Frozen.

Também indicado ao Globo de Ouro e ao Bafta, Operação Big Hero é uma graça. Começa com uma atmosfera violenta, uma vez que Hiro, o protagonista, é um gênio da tecnologia e está usando-a, digamos, para fins não muito edificantes. Tudo se passa em Sanfransokyo – uma das referências mais divertidas do filme, uma mistura das cidades San Francisco e Tokyo, qual nerd não gostaria de morar lá? – e o início da história mostra o garoto numa espécie de rinha de robôs, onde, claro, seus donos/manipuladores apostam dinheiro. É o irmão, Tadashi – também um inventor -, no entanto, e uma especial turma de amigos, que tentam mudar o foco das ações do garoto para que ele crie algo bacana como forma de ingressar na faculdade.

Ele o faz.

Mas é aqui que tudo se transforma ainda mais profundamente na vida do gênio de 14 anos, órfão de pai e mãe e que só tem o irmão e uma tia que há anos cuida dos dois. Ele constrói uma série de mini-robôs que, juntos, são poderosíssimos. A apresentação do garoto em uma feira de invenções encanta a todos, como um progresso almejado e bom para a humanidade. Só que, na mesma noite, um incêndio acontece no lugar e Tadashi morre.

Bem, é claro que Hiro se entristece profundamente e, mesmo aceito na faculdade, perde o estímulo de continuar. Por mais que a tia e os amigos tentem dar uma força é um fofíssimo robô branco e gigante que tira Hiro da depressão: e é aí que o telespectador pode se apaixonar por Baymax, uma invenção de Tadashi que se torna a sensação do filme.

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Ele tem as características de um adorável animal de estimação companheiro (li no site da revista Crescer que os produtores se inspiraram nos movimentos dos pinguins!!) misturado ao poder da tecnologia. Como é um chip que o controla, Hiro é capaz de o transformar em um super-heroi. Sim, sim. No meio da história descobrimos que há um vilão na parada e é a história de vida dele que faz do enredo ainda mais interessante.

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É pela necessidade de combatê-lo que somos apresentados aos seis herois dos quadrinhos da Marvel que inspiraram o longa e que nos parece merecer uma continuação. Uma curiosíssima sequência a mais depois dos créditos com a aparição de um famoso deixam os fãs de quadrinhos com gosto de quero mais, e as teorias sobre certos acontecimentos no filme conectando-os às histórias nos quadrinhos também mostram que surpresas podem habitar futuras histórias.

Para completar, Operação Big Hero tem enquadramentos belíssimos…

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… ótimas cenas de humor e pequenas delicadezas perfeitas para se conversar com a criança ou adolescente: Hiro é um gênio, sem dúvida. Mas faltam a ele experiência e maturidade para tomar decisões sozinho. E isso não é sinal de fracasso.

Operação Big Hero (Disney)

Em DVD e Blu-Ray

2014

 

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