EDITORA POETISA: TRADUZIR É CRIAR

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Há muito se discute sobre traduções no Brasil. Desde a virada do século 19 para o 20, quando o “português abrasileirado” começou a ser uma alternativa às traduções portuguesas trazidas pela corte real. Para o público infantojuvenil, foi Monteiro Lobato quem começou a se mexer para dar às crianças brasileiras, preocupado com a pobreza dos livros feitos para elas. Em carta ao amigo Godofredo Rangel, disse: “Ando com várias ideias. Uma: vestir à nacional as velhas fábulas de Esopo e La Fontaine, tudo em prosa e mexendo nas moralidades. Coisa para crianças… Um fabulário nosso, com bichos daqui em vez dos exóticos, se for feito com arte e talento dará coisa preciosa. (…).”

Junto a tantas ideias até aqui vêm também as polêmicas. Afinal, traduzir, principalmente literatura, é uma forma de recriar. Estamos contando uma história. É uma leitura dela. Com esses pensamentos vibrando, as editoras Cynthia Beatrice Costa e Juliana Lopes Bernardino juntaram seus conhecimentos na área e fundaram a Editora Poetisa com o objetivo “de levar ao leitor belas obras estrangeiras traduzidas para o português brasileiro com o cuidado e a dedicação de que a nossa língua é merecedora”, afirmam na orelha de Bela e a Fera, o primeiro lançamento, com a superconhecida história da filha do comerciante que é obrigada a morar com a Fera que, muito assustadora a princípio termina por conquistas a jovem.

Certamente o cuidado das duas será sentido ao longo das publicações, a cada tradução. Além do clássico da francesa Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, do século 18, a Poetisa também já colocou nas livrarias um inédito no Brasil: O Coelho de Veludo, o clássico mais sucesso entre as crianças norte-americanas, lançado por lá em 1922, com o nome de The Velveteen Rabbit or How Toys Become Real. Trata-se da história de um coelho que luta pela atenção da criança para um dia se tornar “de verdade”. É mais um dos contos e coletâneas de contos adultos e infantis que a editora pretende preencher o catálogo. Para 2016, planeja-se trazer os romances. A estratégia é que as traduções são sempre feitas por estudantes da teoria da tradução e/ou tradutores profissionais. Para valorizar isso também como um produto de pesquisa – além do leitor pretendido diretamente – todos os livros terão paratextos com  apresentação do tradutor e ilustrador, uma opinião externa (no caso de Bela e a Fera, da escritora Marina Colasanti), notas de rodapé, glossário etc. “Queremos que o livro seja bonito e informativo, de modo que sirva de apoio, minimamente, para alguém que esteja estudando a obra”, diz Juliana. “Contamos com a colaboração de diversos profissionais da área editorial e professores-doutores de conceituadas universidades brasileiras para levar aos leitores belas traduções literárias. Não traduções ‘definitivas’, pois não acreditamos nelas. Mas, sim, traduções refletidas, leais ao texto de partida e também à nossa língua”, completa Cynthia. Cinderela de Perrault e Oscar Wilde estão a caminho.

Só para estes dois livros, a Poetisa já juntou uma turma grande. Conversei com eles por email sobre a empreitada e o trabalho feito e é o que vocês conferem a seguir:

 

4 PERGUNTAS PARA AS CRIADORAS DA POETISA, JULIANA LOPES BERNARDINO E CYNTHIA BEATRICE COSTA

Falem um pouco sobre a Poetisa ainda como projeto, como se conheceram e tiveram a ideia de criá-la e por que. 

Nós (Juliana e Cynthia) nos conhecemos na faculdade de jornalismo, há quase 17 anos, e, desde então, nossos caminhos profissionais se cruzaram diversas vezes. Na Univerdade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde a Cynthia faz doutorado em Estudos da Tradução, com frequência são traduzidos livros inteiros que acabam sem destino, pois nem sempre há a iniciativa de publicá-los. Foi nesse contexto que surgiu a ideia de abrir uma editora nossa, para traduzir e publicar livros que consideremos interessantes e/ou importantes. Assim, poderíamos também exercitar a nossa experiência no mercado — além do nosso amor pelos livros — em um projeto nosso. Em agosto de 2014, nasceu a Poetisa.

Quais são os diferenciais da Poetisa? 

O nosso diferencial, acreditamos, é a forma com que lidamos com a tradução e a literatura. Não que outras editoras não reflitam sobre isso, mas sentimos que há espaço para uma valorização ainda maior da criação/recriação literária. Há uma fundamentação teórica por trás de cada escolha, ainda que não seja conscientemente perceptível pelo leitor. Acreditamos na tradução como recriação (baseando-nos em Jakobson, Walter Benjamin, Haroldo de Campos, entre outros) e na influência cultural que cerca o ato de traduzir e de publicar em outra língua e outra sociedade (aqui, a referência é o cultural turn dos Estudos da Tradução). Na relação com os colaboradores, isso também fica mais palpável. Acreditamos na liberdade de expressão deles e somos abertas às propostas.

As obras de literatura infantojuvenil têm uma particularidade: são lidas por crianças e por adultos (a tal dupla audiência)e, há os paratextos explicativos na obra. Vocês se questionam sobre isso? Pensam que o leitor mais novo não se aproprie dos paratextos?

Não pensamos, necessariamente, que a criança se interessará pelo paratexto, e é bem possível que a maioria “pule” aquelas páginas. Mas consideramos essencial que ele esteja lá, para caso o leitor se interesse ou, por motivos acadêmicos, até precise das informações contidas neles. Consideramos fundamental apresentar a obra e contextualizá-la minimamente.

O que temos mais por aí? Vocês podem adiantar? 

Podemos! Ao menos parcialmente, hehe Publicaremos ainda neste ano uma versão integral do conto “Cendrillon” do Perrault, retraduzindo inclusive o famoso nome da personagem borralheira. Um romance inédito no Brasil de Mary Shelley, autora de “Frankenstein”, também está em produção. Além disso, clássicos do terror têm nos chamado atenção.

 

Bela e a Fera

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Já começa pelo nome: a tradutora optou por trocar “A Bela” por Bela. No tom da narrativa, a oralidade de uma contadora de histórias. O estilo se manteve simples, quase infantil, do texto francês. Estas são algumas das decisões de Marie-Hélène C. Torres, tradutora e professora de Literatura Francesa da UFSC, para sua versão da obra de Jeanne-Marie.

Qual o maior desafio de traduzir um clássico? 

Bela e a Fera, por ser um clássico, foi traduzido para muitas línguas/culturas (inglês, espanhol, italiano, alemão etc). No Brasil, só existem adaptações, ou seja, Bela e a Fera nunca havia sido publicado em tradução integral antes. Adaptação não é tradução! Mas claro que uma adaptação pode ter traços estilísticos do texto original de partida. Temos dois autores: o autor da obra de partida Mme Leprince de Beaumont e a tradutora, eu. Considero o tradutor como um autor ou um coautor, pois é ele que escreveu o texto traduzido a partir do texto a traduzir. Já o adaptador cria outro texto, outro estilo, outro ritmo.

E sobre o dilema entre idiomas?

Para responder a esta pergunta, falarei de literalidade. Traduzir literalmente não significa fazer uma má tradução, pelo contrário. Traduzir literalmente pode significar revelar o outro, o estrangeiro, ou seja, mostrar que o texto é um texto traduzido com palavras estrangeiras, expressões incomuns, estrutura diferente. É o caso, por exemplo, das expressões idiomáticas, dos provérbios. Para a tradução de provérbios, o tradutor tem duas possibilidades: ou procura um provérbio ˝equivalente˝ na língua e cultura para a qual ele traduz ou procura traduzir o provérbio literalmente. Não significa que o tradutor desconhece o provérbio existente na língua para a qual traduz. Dependendo do caso, o efeito produzido será totalmente distinto. Traduzir por um equivalente tem como efeito principal tornar invisíveis as características do texto original. Isto seria como traduzir, por exemplo, Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, sem criação de linguagem (sem neologismos ou aglutinações), sem os nobres procedimentos estilísticos, todo em sonoridades, aliterações ou ainda sem a oralidade da língua ou sem o uso da língua popular no solilóquio. O efeito da tradução seria oposto se o tradutor revelasse, ao contrário, as idiossincrasias do texto estrangeiro na tradução, mostrando a criação de linguagem com neologismos ou aglutinações etc.

Para ilustrar, o convidado foi Laurent Cardon, ilustrador e animador francês que mora no Brasil. Para ele, interpretar este clássico em desenhos foi um importante desafio.

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Laurent, você já havia ilustrado um grande clássico como este?

Antes de Bela e a Fera, tive a oportunidade de ilustrar outros clássicos sim, como acoleção de três livros de Júlio Verne para a editora FTD (A volta ao mundo em 80 dias, Viagem ao centro da terra e 20.000 léguas submarinas); Merlim o mestre da magia pela Companhia das Letras; O livro da selva, uma adaptação da história original do Kipling, pela editora Scipione;  A galinha preta, considerado um dos maiores (senão o o maior)  conto fantástico russo, escrito no inicio do século XIX, pela editora SM; e  uma livre adaptação, muito mais estilizada, de Os três mosqueteiros, para a  editora DCL. Também ilustrei vários livros na coletânea “O prazer da prosa”, de contos brasileiros clássicos, pela editora Scipione.

A escolha das ilustrações em preto e branco veio a partir do projeto gráfico ou vice-versa?

Geralmente o projeto gráfico de um livro vai evoluindo paralelamente à criação das ilustrações. A Poetisa conseguiu criar um projeto muito lindo, que combinou perfeitamente com as ilustrações, criativa e original, mas respeitando a elegância de um livro clássico. Isso me deixou muito feliz.

Você conta que imaginou Gustave Doré ilustrando esta história. Fale sobre sua inspiração em Gustave Doré.

Sou fascinado pelo trabalho de Gustave Doré há muito tempo, bem antes de descobrir essa história. Ele é considerado o percussor da ilustração moderna. No centenário da sua morte, em 1983, ele foi homenageado em Paris com uma grande exposição, a qual tive a oportunidade de visitar. Ele era conhecido muito mais por suas gravuras em preto e branco (a sua grande frustração, aliás), mas era um pintor e escultor exemplar. Fiquei muito admirado e, desde então, quando  resolvo abordar  ilustrações mais “realistas”, sempre me vem na cabeça essa referência, sem nenhuma pretensão. Ela reflete livremente nos meus desenhos , particularmente nos meus trabalhos em preto e branco ou monocromáticos. Não só usando bico de pena e texturas de gravura, mas nas representações também. O que me fascina é a maneira com que ele manipula e dirige  o nosso olhar com o movimento do traço e as linhas de luz e sombras na composição.

Quando fui convidado para ilustrar Bela e a Fera, minha primeira preocupação era ter de me prender demais às imagens já muito referenciadas do conto. Como animador de formação, precisava fugir desse amálgama de cores vibrantes e do tom alegre do filme da Disney, que, infelizmente, fez sombra à essência dessa primeira versão do inicio do século XVIII. E como sou francês, precisava abstrair as imagens fortes da belíssima adaptação cinematográfica de Jean Cocteau, que me habitam desde a adolescência. Uma coisa certa é que não queria e nem saberia como transpor as imagens que me vinham à cabeça para um mundo infantil. Para mim, atribuir ao conto seu sentido e sua profundeza, só poderia ser feito em preto e branco. O preto e branco tem esse poder de evocar o mistério intuitivamente no inconsciente coletivo.

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O Coelho Veludo: Quando uma Coisa de Mentira Vira Algo de Verdade

O tradutor Davi Gonçalves foi quem deu voz brasileira a O Coelho Veludo, clássico norte-americano escrito por uma inglesa, Margery Williams Bianco.

Qual o maior desafio de traduzir um clássico?

Nós tradutores sempre nos cobramos muito quando sabemos que o nosso objeto de trabalho foi extremamente bem recebido em seu contexto de partida, a meu ver porque nos vemos na responsabilidade de fazer jus ao seu sucesso. No caso do livro “The Velveteen Rabbit” eu sabia que se tratava de um dos livros mais lidos pelo público infanto-juvenil no mundo Anglófono já há algum tempo, porque durante a minha graduação em Letras Inglês, a professora Helliane Corrêa (na disciplina de Literatura Infanto-Juvenil em Língua Inglesa) nos havia pedido para ler tal obra, além de outros clássicos como “Alice no País das Maravilhas” ou “Ilha do Tesouro”, que nós brasileiros já conhecemos muito bem. O fato de “The Velveteen Rabbit” nunca ter sido traduzido até então no Brasil surpreende e aumenta o grau de motivação, mas também o faz com o grau de responsabilidade, tendo em vista que a versão que agora lançamos já era provavelmente esperada por muita gente e, além disso, servirá também de consulta primordial para tradutores brasileiros que pretenderem adaptar ou retraduzir a obra futuramente. O clássico é sempre alvo de muita expectativa, por ser muito cobrado e muito conhecido – e tudo isso é empolgante e assustador ao mesmo tempo, mas é um desafio que vale muito a pena, um daqueles desafios que nós tradutores adoramos enfrentar. Ou seja, a minha maior alegria como tradutor é também a minha maior angústia: saber que meu texto, para bem ou para o mal (espero que para o bem), será muito lido.

A escolha dos termos passa por impressões pessoais e da experiência profissional ou, no caso do infantojuvenil, também há algum tipo de consulta a potenciais leitores?

Em todos os casos acho que o que acaba acontecendo é um pouco dos três. É impossível que um tradutor seja puramente profissional, que ele se distancie completamente da obra e aplique em suas escolhas apenas seu conhecimento teórico e prático na área; isso porque a própria leitura da obra original já é uma reconstrução: o leitor também escreve o livro que lê. Logo, ao traduzir já partimos da premissa de que o que temos é um tradutor que toca o barco na direção em que ele acredita que ele deveria ser tocado, um tradutor que não transfere e sim reescreve aquilo que leu. O que tento dizer aqui é que muitas das escolhas tradutórias são tomadas para que tentemos despertar no nosso leitor (no contexto de chegada) algo similar ao que foi despertado na nossa leitura, ainda que a nossa leitura seja idiossincrática – ainda que seja impossível duas pessoas entenderem o mesmo livro da mesma maneira, em qualquer contexto. A preocupação com o leitor, que é algo moderno, hoje é praticamente inerente à qualquer projeto de tradução. Se antigamente o texto era visto como algo sagrado e intocável (assim como o seu autor), atualmente a academia, a crítica e o mercado estão plenamente cientes de que o leitor é peça fundamental nesse processo, e que ele não é apenas o receptor passivo da obra traduzida, mas sim alguém que também constrói sentido acerca e a partir dela. Durante o processo de tradução de “The Velveteen Rabbit” eu fiz diversas consultas a minha filha de sete anos, a amigos, colegas e aos filhos de colegas. Além de confiar nas nossas impressões pessoais e no nosso conhecimento e experiência profissional, nós – tradutores – precisamos também da opinião do outro, precisamos tirar dúvidas e pedir conselhos para as mais distintas fontes –  eu posso afirmar que bebi em várias, sem limitar o leque – ou seja, conversei ora com crianças ora com pós-doutores acerca das mais distintas questões relacionadas ao livro.

Neste livro, houve algum grande dilema entre idiomas?

Entre as várias escolhas mais complicadas que tive de fazer está uma que discuto na nota do tradutor, no início do livro, mas sem me estender muito. Trata-se de um momento no começo da estória, quando os presentes de natal da Criança são colocados dentro de meias. Eu fiquei com bastante dúvida com relação a isso: onde estariam os presentes na minha tradução? Sabia que essa era uma tradição comum nos EUA no período em que o livro foi escrito, mas que me lembre, pelo menos na minha experiência e de meus amigos de infância, não era o nosso caso – nossos presentes de natal eram colocados embaixo das árvores e abríamos na manhã seguinte. Logo, para tomar uma decisão, recorri à pesquisa e também aos amigos aqui na Universidade Federal de Santa Catarina. Entretanto, essa minha busca me deixou mais confuso ao invés de me trazer soluções fáceis e concretas, pois tenho amigos de diversas partes do Brasil (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pará, entre muitos outros estados). Ao perguntar a eles onde ficavam seus presentes de natal eu descobri que a minha tarefa não seria assim tão simples, pois para cada região, lugar ou família, a tradição muda (presentes na sala, no quarto, embaixo da árvore, embaixo da cama, em cima da cama, dentro de meias, dentro de sapatos etc.); e mesmo em um estado específico, a tradição parece ser diferente nos interiores. Como um ato quase de desespero, eu resolvi utilizar em minha tradução a árvore de natal e os brinquedos embaixo dela, pois, pelo que percebi, essa seria a tendência geral (já que muitas tradições distintas estão, pouco a pouco, se voltando para essa) – uma tentativa de aproximar aquela situação inicial da obra à realidade da maioria dos seus potenciais leitores, apesar de reconhecer que não há nada de “universal” nessa escolha – aliás, não há nada de universal em nada relacionado à tradução.

 

A ilustração do livro ficou a cargo da designer e ilustradora Marcela Fehrenbach, que conta aqui como criou a atmosfera desta brinquedo-animal para os brasileiros.

 

Você tem uma predileção por coelhos… você os desenhava quando criança? 

Eu desenhava de tudo quando era criança, embora nunca achasse nada bom o suficiente. Porém, só a ação de colocar uma ideia, algo que só estava na minha cabeça, no papel, muitas vezes já me bastava e eu ficava bem feliz com isso. Já desenhei diversos coelhos nessa vida, mas a maioria para campanhas publicitárias.

Quando leu o texto pela primeira vez?

Sim, eu li o texto pela primeira vez para esse trabalho. Quando a Cynthia me falou do livro fiquei muito empolgada e lembrei de duas coisas: do meu primeiro Coelho, o KinKin, e do Peter Rabbit. Pra mim, poder desenhar esse Coelho, foi tornar ele real em cada pincelada, pois muitas vezes, é na ilustração que a criança se apóia para dar asas a sua imaginação.

Como foi a escolha da técnica… algo lhe surpreendeu no meio do caminho? Alguma curiosidade para contar? 

 Marcela: A escolha da técnica partiu da Cynthia. Ela disse que tinha pensado em aquarela e eu achei perfeito. Fechava totalmente com a ideia de um clássico infantil com uma história tão delicada quanto essa. Inicialmente, eu tinha pensado em fazer a criança o mais realista possível. Quando as ilustrações ficaram prontas, eu fiquei um pouco em dúvida. Mas o resultado final, impresso no livro, ficou muito melhor, mais querido e acessível para o público alvo.

Qual a importância de dar forma a um clássico inédito no Brasil? O que lhe passou pela cabeça diante deste desafio, pensando no significado deste livro na Europa e nos Estados Unidos? 

Eu só queria fazer o melhor trabalho possível, que a ilustração apoiasse essa história linda e que criasse uma conexão com os leitores, tanto com os pais que leem para os filhos, quanto com as crianças. Espero que se torne um clássico aqui no Brasil também!

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